Makerspace in school libraries : a bibliometric analysis
Este trabalho incide sobre o uso do makerspace em bibliotecas escolares, tendo como principal objetivo identificar, por meio de análise bibliométrica qual a abordagem dada em relação ao makerspace nas bibliotecas escolares. Apresenta-se, primeiro, uma revisão de literatura sobre as bibliotecas escolares e os makerspaces e, em seguida uma análise bibliométrica sobre o tema. Utilizando o software Publish or Perish analisam-se 979 artigos em língua inglesa e 108 artigos em língua portuguesa e língua espanhola. São analisadas informações sobre os principais periódicos, artigos, autores, datas, índice H, índice G e outras métricas. Fez-se uma análise altmetrica com os 50 artigos mais citados focando em dados sociais e demográficos. Em relação aos principais periódicos, observou-se que 25% das revistas publicaram 48% dos artigos, enquanto os outros 75% de revistas foram responsáveis por 52% dos artigos, validando, nesse caso a Lei de Bradford para o tema. Quanto aos principais autores os resultados apresentam coerência em relação a Lei de Lotka mas não puderam ser confirmados com exatidão. Quanto aos principais artigos, notou-se uma certa preferência entre os leitores do tema para documentos que possuam uma abordagem mais ampla, contemplando análises panorâmicas sobre o tema do makerspace, com visões tanto práticas quanto teóricas. A visão teórica sobressai entre os artigos mais citados. A análise temporal indicou um crescimento no número de documentos publicados desde o primeiro artigo encontrado na literatura, tendo o crescimento sido exponencial entre 2011 e 2014, altura em que passou a ser linear até à data delimitada para a realização da pesquisa (2018). Na análise altmetrica constatou-se que não existe uma relação direta entre os artigos mais citados no meio científico e os artigos mais citados em redes sociais e outras ferramentas da web 2.0. Verificou-se ainda que em língua portuguesa e espanhola tanto na análise bibliométrica quanto altmetrica o número de artigos, autores, citações e menções é muito inferior ao da língua inglesa, sendo esta última a língua mais ativa sobre o tema no meio científico e nas redes sociais. Conclui-se que o makerspace é um espaço em potencial para as bibliotecas escolares um local para estimular a criatividade e servir como um auxiliador do processo de ensino-aprendizagem, dando suporte extra-classe aos conteúdos transmitidos pelos professores em sala de aula. Notou-se também a capacidade desses espaços para desenvolver habilidades específicas nos alunos e aproximar a comunidade externa, incluindo os pais, nas atividades da escola, estimulando ainda mais o desenvolvimento não só cognitivo, mas também, o desenvolvimento social dos estudantes.
Como citar este trabalho:
Jesus, Deise Lourenço (2019). Makerspace em bibliotecas escolares: uma análise bibliométrica, Dissertação de mestrado em Gestão de Informação e Bibliotecas Escolares, Lisboa: Universidade Aberta.