As TIC na Escola Pública Portuguesa e a sua relação com as lideranças
Hoje vive-se numa sociedade globalizada, sedenta de conhecimento, em que o imediatismo da informação é, cada vez mais, uma necessidade tornada realidade até nos locais mais recônditos do planeta. Ao homem são exigidas novas competências, novas literacias que lhe permitam manter-se profissionalmente ativo, socialmente incluído e independente ao longo da vida. É à escola que, em primeira instância, compete fornecer as ferramentas que permitam, a quem a procura, desbravar caminho para a aquisição dessas competências e literacias. E a escola tem disso consciência. Neste primeiro quartel do século XXI, já não se questiona apenas a entrada das tecnologias da informação e comunicação na escola, mas, sobretudo, como deve a escola fazer a sua apropriação. E, é neste domínio que as lideranças da escola assumem um papel especialmente preponderante porquanto é na e da forma como lidam com as tecnologias, a importância que lhes atribuem e o impulso e orientação que dão à sua utilização, que depende o modo como a escola delas se apropria e as usa com vista não só a delas tirar o melhor partido, como, também, para chamar, e cativar, uma clientela com interesses cada vez mais díspares dos dela e que nela permanece apenas por imposição legal. É das relações entre as tecnologias da informação e comunicação e a escola pública através da análise do uso que delas fazem e do partido que delas tiram diretores e coordenadores de departamento que se fala nesta tese.