Sobre o projeto AquimeEncontro
O olhar novo que este projeto propõe é o de olhar para as escolas públicas portuguesas, para as práticas pedagógicas de integração de imigrantes
que elas vão promovendo, num duplo movimento de recentração do objeto de estudo – não são os imigrantes e as suas dificuldades que são objeto
de análise, mas as práticas promovidas pelas escolas. Não são as falhas e as lacunas sentidas que nos interessa priorizar, mas as formas eficazes e
inspiradores com que as escolas respondem a estes novos públicos.
Esta é a abordagem inovadora que o AquimeEncontro pretende seguir, e que tem por base intervenções e projetos anteriores de alguns membros
da equipa que aqui se catalisam.
Olhando para as finalidades do projeto e seu enquadramento opta-se por seguir uma metodologia de investigação mista que, num primeiro
momento, permita mapear as preocupações e as práticas das escolas para lidar com o fenómeno, para, numa segunda etapa, realizar esse trabalho
de mais fino recorte que escalpelize as práticas eficazes e analise o seu potencial inspirador.
Em suma, com o projeto pretende-se desenvolver um estudo extensivo das práticas pedagógicas implementadas pelas escolas públicas
portuguesas para promover a integração de alunos imigrantes (crianças, jovens e adultos) e depois analisar com mais detalhe algumas dessas
práticas para entender o seu potencial transformador.
Os objetivos específicos são:
- Conceber, validar e aplicar um questionário para avaliar a diversidade e eficácia das práticas pedagógicas promotoras da integração dos alunos
imigrantes nas escolas públicas portuguesas. - Realizar um conjunto de estudos de caso sobre algumas das práticas encontradas mais eficazes, de forma a analisar as razões do seu sucesso e a determinar o seu potencial inspirador.
- Produzir um protocolo de monitorização das práticas de integração de alunos imigrantes nas escolas portuguesas.
- Disseminar os resultados do AquimeEncontro junto da comunidade educativa e científica, partilhando os produtos do projeto.
O projeto tem como membros da equipa 12 investigadores da Universidade Aberta, que trazem para o projeto a complementaridade dos assuntos
que têm investigado e as conexões ao terreno que a diversidade geográfica da sua residência lhes permite mobilizar para este projeto. Desse modo,
a diversidade da equipa não só assegurará a diversidade de enfoques do problema, como as possibilidades diversas que as experiências
inspiradoras de algumas escolas têm para mostrar, ao analisarem aprofundadamente as razões da eficácia dessas práticas felizes de integração.